Eu bebo a liquidez desta noite
como quem bebe a cristalina água
e me calo diante diante do retrato.
O que dizer nesta hora de espanto?!
São apenas cismas e o doce perfume
ainda no ar...
Enquanto sorvo goles da noite
prelibo a maciez dos beijos
e toda ternura dos poemas
feitos de abraços
seus braços em laços
enlaces de asas de borboletas
num voo e desgaste dos dedos sobre o papel de arroz...
Como pode, o amor ser assim?!
Esse breve tormento qu'escorre
pelo meu pensamento
em aquarelas anônimas
((um pouco de Kandinsky))
enquanto eu olho o retrato de George Sand...
imagem: Borboleta
Aquarela sobre papel Canson
Luciah Lopez
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