Deixo resplandecer a tentativa do pecado de recriá-lo só para meu prazer e o que me conduz aos traços ora nervosos ora suaves, é o instinto primitivo que revoluciona o claro e o escuro numa desesperada ânsia de deter o seu olhar sobre mim. E o 'proibido' me invade o pensamento anunciando que a solidão chegou ao fim e o mais íntimo e satisfatório impulso me permite a visão da metade que é só minha - " Eu sou seu cântaro ( e se me romper?)" -, serei o seu amor incorrigível que treme a alegria no labirinto de um beijo francês e todas as risadas defendidas com a curvatura do meu corpo sob o seu. Serei a sua metade em rabiscos entrelaçados no claro escuro de cada poesia onde eu desenho o seu olhar sobre mim? Serei para você mais que a ternura de um breve momento entre o claro e o escuro onde a sua alma e a minha finalmente se tornam uma? Seremos a expressão maior do amor - o infinito poema da vida escrito sobre a nossa pele nua...
para Odur
imagem: LAM
Grafite sobre papel
Luciah Lopez
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