Queria apenas o silêncio de todos os tempos, e o interior a pedir-lhe a renovação, brotava espontaneamente na busca da figura humana e daquilo de mais perverso que caminha ao seu lado - a miséria humana. Achava outrora, que havia encontrado a paz e que era possível projetá-la para fora de si, assim como inúmeros tentáculos de luz cósmica a inspirar-lhe sonhos que os deuses sonham. Algumas vezes, vagando a noite se lembrava que perdura um vínculo, e chegava agradar-se do encantamento e devassidão vividos. Então, desmandando passo a passo, segue a linha do horizonte absorto acompanha o pensamento da areia e sua superioridade em relação ao Tempo - finalmente renasce.
imagem: O Tempo
Aquarela sobre papel Montval
Luciah Lopez
Nenhum comentário:
Postar um comentário